Ilha de Alcatrazes

    O Arquipélago dos Alcatrazes, situado a aproximadamente 45 km do Porto de São Sebastião, é formado pela ilha principal, sua maior formação denominada Ilha dos Alcatrazes; pelas ilhas da Sapata, do Paredão, do Porto ou do Farol e do Sul, além de 4 outras ilhotas não nominadas, 5 lajes (Dupla, Singela, do Paredão, do Farol e Negra) e dois parcéis (Nordeste e Sudeste)

A acção humana, só intensificou-se recentemente, com os refinamentos da Marinha do Brasil. Antes disso, as ilhas do arquipélago eram referências para a navegação ou para o abrigo no caso de uma mudança de tempo. Nesse sentido, os visitantes, desde os primórdios da colonização brasileira, tiveram em Alcatrazes uma orientação para suas rotas. Quando aproximavam-se delas, fugindo de uma tempestade, raramente desembarcavam. Preferiam apreciar as formas das ilhas de suas embarcações. Talvez intimidados pelas formas inóspitas de seu relevo que dificultam sobremaneira a acostagem. Pelo acesso complicado, o imaginário dos pescadores produziu lendas sobre as ilhas, principalmente por serem elas o único abrigo em meio à plataforma continental, situado entre Ilha bela e outras ilhas e lajes do litoral centro-sul paulista.

O Arquipélago dos Alcatrazes é protegido por uma Estação Ecológica federal, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, que tem seu escritório na cidade de São Sebastião. Por ser uma Estação Ecológica, fica proibida a visitação a não ser com intenção de pesquisa pré-autorizada pelo ICMBio, através do SISBIO. Informações: www.icmbio.gov.br. Na área é proibido o fundeia pela Marinha do Brasil.

Sua área é de aproximadamente 196 hectares. Uma das curiosidades desta ilha é que a Marinha do Brasil realizava exercícios de guerra, disparando obuses contra as paredes rochosas da costa nordeste da ilha, chamada de Saco do Funil. A marinha brasileira interrompeu os testes em Julho de 1991, e desde então a vegetação daquela parte da ilha, que estava severamente prejudicada, retornou a florescer.

Fonte: Prof. Sidnei Raimundo